11/12/07

Espaço

Quanto espaço ocupam pensamentos? Como os seleccionar?
Questões, uma vez mais. Talvez seja mais fácil acreditá-las como inevitáveis e contornar o facto de o serem, pelo menos numa tentativa de poupança de capacidade mental, de espaço para questionar.
E, no entanto, mesmo fazendo esse esforço consciente de economia de espaço, é-me impossível parar o fluxo constante de pensamentos. Partindo, então, do princípio hipotético que a felicidade é inversamente proporcional ao conhecimento, como encontrar liberdade das auto-impostas correntes mentais? Posso tão simplesmente responder que essa hipótese é impossível. Neste ponto encontro uma questão essencial – será impossível a todos? Existe forma de contornar o fardo do conhecimento sem o abafar e ser, de facto, feliz?
Observo os homens e os seus comportamentos a partir do local exterior que me acostumei a ocupar e não me parecem lutar, não me parecem ver na vida um esforço constante, não estão à beira da desistência e, ao mesmo tempo, não têm de lutar para o conseguir.
Fartei-me de questões, esquecendo a riqueza gramatical de tão básica afirmação. Quero respostas.

*

1 comentário:

Anónimo disse...

O pensamento
é como uma folha seca no ar
que, em qualquer momento
vai para onde o vento a levar



Um abraço:

ocicloturista