Sou estranha em terra de estranhos... Recordo o tempo em que o dizia com a segurança de uma falsidade bem encenada.
A verdade é que acreditava e sempre quis acreditar que o engano vivia nos outros em vez de ser eu quem do engano vivia.
Agora pergunto, para aquele que perdeu o que não sabia ter, uma nova verdade é um começo ou um final se nada deixa ou oferece? De quem é a escolha se esta já estava tomada quando dela me apercebi? De pensamentos vivi desde que me lembro, tentando ignorar o paradoxo de os não conseguir suportar, dos pensamentos ter sempre tentado fugir ao mesmo tempo que da consciência de o fazer.
No fim, escondo-me no último e eterno recurso daqueles que nada têm a ganhar ou a perder e à arte dedico o tempo que não me pertence, vivendo apenas da junção de pensamentos racionais que aprendo diariamente a odiar, e algo mais a que muitos chamam coisas diferentes mas a que atribuirei o nome de alma.
Como posso então ser diferente se não sei porque o sou?
Tudo o que sei é atirar perguntas ininterruptas para as quais guardo uma esperança ignorante de alguma vez conseguir resposta. E, no entanto e apesar de tudo, retiro segurança nesse facto sólido que tanto luto por quebrar, que é ser só, não apenas estar, mas ser real e unicamente só, porque essa é uma verdade que, apesar de complexa, tem a força e durabilidade de uma certeza, adquirida com tempo e experiência. Sendo que as certezas na vida são raras, ajudam a uma ilusão de controlo da qual subsisto e preciso.
Pois enquanto me conhecer e souber que sou eu é-me assegurado de que o sou.
A verdade é que acreditava e sempre quis acreditar que o engano vivia nos outros em vez de ser eu quem do engano vivia.
Agora pergunto, para aquele que perdeu o que não sabia ter, uma nova verdade é um começo ou um final se nada deixa ou oferece? De quem é a escolha se esta já estava tomada quando dela me apercebi? De pensamentos vivi desde que me lembro, tentando ignorar o paradoxo de os não conseguir suportar, dos pensamentos ter sempre tentado fugir ao mesmo tempo que da consciência de o fazer.
No fim, escondo-me no último e eterno recurso daqueles que nada têm a ganhar ou a perder e à arte dedico o tempo que não me pertence, vivendo apenas da junção de pensamentos racionais que aprendo diariamente a odiar, e algo mais a que muitos chamam coisas diferentes mas a que atribuirei o nome de alma.
Como posso então ser diferente se não sei porque o sou?
Tudo o que sei é atirar perguntas ininterruptas para as quais guardo uma esperança ignorante de alguma vez conseguir resposta. E, no entanto e apesar de tudo, retiro segurança nesse facto sólido que tanto luto por quebrar, que é ser só, não apenas estar, mas ser real e unicamente só, porque essa é uma verdade que, apesar de complexa, tem a força e durabilidade de uma certeza, adquirida com tempo e experiência. Sendo que as certezas na vida são raras, ajudam a uma ilusão de controlo da qual subsisto e preciso.
Pois enquanto me conhecer e souber que sou eu é-me assegurado de que o sou.
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2 comentários:
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Ola Rebeca, os teus textos são lindos.... questões que também me coloco constantemente, pensamentos que não me largam e pesam todos os dias, dia após dia... e tu soubeste, melhor que ninguém, pô-los em palavras..
Até um dia!
Mel
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